Preparando-se para entrar no metaverso, o Grupo K1 — dono de marcas como a Kappesberg, que vende móveis para o lar, e a UZ Utilidades, que fabrica utensílios para cozinha — patenteou as suas criações no mundo virtual. A intenção da empresa é vender seus produtos na plataforma até 2023. Ela tem mais de 25 anos de mercado, é dona de seis marcas e tem sede em Tupandi. A área fabril tem mais de 200 mil metros quadrados, com 1,9 mil funcionários.
Karoline Birnfeld Kasper, representante do grupo, disse em entrevista à coluna que a empresa ainda está estudando por qual plataforma irá ingressar no metaverso. A ideia é criar um ambiente onde os clientes possam circular por um espaço que mostre os produtos da empresa — os móveis da Kappesberg, por exemplo. Usando um óculos de realidade aumentada, esse comprador poderia olhar o produto, ver suas dimensões e comprá-lo sem sair de casa.
Inspirado em outras empresas, o Grupo K1 já chegou a criar um avatar em 3D que auxiliará no processo de compra. O bot chama-se "Ká" e já está inserido em conteúdos digitais da empresa, como no Instagram e no YouTube.
O processo de registro da marca no metaverso está sendo conduzido pelo escritório Leão Advogados, de Porto Alegre. Além do grupo K1, eles atendem o Agi — segundo os sócios Milton Leão Barcellos e Gustavo Correa, esse seria outro cliente que está registrando sua marca no mundo digital, porém maiores detalhes não foram divulgados.
No dia 15 de julho, o escritório promoverá um evento para explicar aos seus outros clientes sobre as vantagens de terem suas marcas no mundo digital. Há a expectativa de receber 500 participantes reunidas no próprio metaverso. O encontro será na plataforma Spatial, onde é possível criar avatares a partir de uma foto sua.
O que é o metaverso
A ideia de metaverso representa a possibilidade de acessar uma espécie de realidade paralela, em alguns casos ficcional, em que uma pessoa pode ter uma experiência de imersão. Tecnicamente, o metaverso não é algo real, mas busca passar uma sensação de realidade, e possui toda uma estrutura no mundo real para isso.
A partir dessa ideia de imersão, diversos metaversos surgiram com os videogames. Segundo o criador do Facebook, Mark Zuckerberg, há um plano da empresa de gastar US$ 10 bilhões para criar sua parte no metaverso. Uma fatia desse valor será usada para contratar jovens talentos que ajudem a construir esses novos ambientes virtuais. O CEO da empresa também pretende investir em hardware, começando pelo Stories, um óculos inteligente com câmera dupla fabricando em parceria com a Ray-Ban.
Colaborou Guilherme Gonçalves
Colunista Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Colaborou Daniel Giussani (daniel.giussani@zerohora.com.br)
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