Após a exportação à China despencar mais de 50% em 2022 e o risco de recessão dos Estados Unidos dar o tom do noticiário econômico global na semana, é importante refletir sobre o mercado importador de produtos gaúchos. Os dois países são, atualmente, os principais destinos, por mais que a China tenha perdido bastante participação no total de embarques. Questionado sobre isso pela coluna, o presidente da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil), Augusto Souto Pestana, sugeriu diversificar os compradores, buscando mais parceiros comerciais.
Mas qual país o diplomata destacou para os empresários que assistiam ao painel em evento da ADVB-RS? A Índia. O país tem uma população de 1,38 bilhão de pessoas. Segundo Pestana, eles querem comprar "de tudo" e é um mercado de potencial de longo prazo.
Curiosa, a coluna consultou os dados das exportações que o Rio Grande do Sul já envia à Índia. O país compra, atualmente, 2,8% do que o Estado embarca ao Exterior. Para ter uma ideia, a China ainda importa 13,9% (já foi 40%) e os Estados Unidos respondem por 10,1%. Em 2022, os gaúchos já enviaram ao mercado indiano US$ 234 milhões, mas aqui está um número que chama a atenção: é 213,9% a mais do que no mesmo período do ano passado. Ou seja, o triplo. Em 2021 sobre o ano anterior, o crescimento já tinha sido de 353,9%.
Colunista Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Colaborou Daniel Giussani (daniel.giussani@zerohora.com.br)
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