O jornalista Daniel Giussani colabora com a colunista Giane Guerra, titular deste espaço
O início de ano também marca a época de compra de material escolar, gasto importante no orçamento das famílias e também motivo de vendas para um segmento específico do varejo. À coluna, o Núcleo de Pesquisas do Sindicato dos Lojistas de Porto Alegre (Sindilojas POA) enviou detalhes sobre um levantamento que fez de movimentações de vendas neste ano no setor.
Assim como diversos outros produtos, materiais escolares também subiram de preço. De acordo com a pesquisa, 79% dos lojistas entrevistados notaram um aumento no preço nos produtos em relação ao ano passado. Para esses, a média de aumento foi de 24%. Dos principais itens da lista escolar, os varejistas sentiram aumento, principalmente, em cadernos, mochilas, pastas de plástico e livros. Veja a lista:
Principais itens de material escolar que tiveram maior reajuste de preços:
- Caderno: 43% dos varejistas sentiram aumento no preço, com reajuste de 19%
- Mochila: 9% dos varejistas sentiram aumento no preço, com reajuste de 20%
- Pastas de plástico: 9% dos varejistas sentiram aumento no preço, com reajuste de 24%
- Livros: 8% dos varejistas sentiram aumento no preço, com reajuste de 19%
Thais Del Pino, coordenadora da pesquisa, destaca a falta de matéria-prima nas indústrias como um dos fatores que acarretaram no aumento nos preços do material escolar. Além disso, como há muitos produtos importados, o preço do dólar também interfere.
Sobre vendas, entre os entrevistados, 72% relataram que o movimento está baixo. A maioria (29%) espera que o maior volume de vendas aconteça na véspera da volta às aulas. Em relação à 2021, 29% sentiram aumento de venda, 13% notaram diminuição e, para 36%, as vendas se mantiveram.
A pesquisa também mapeia o comportamento do consumidor. De acordo com Del Pino, um movimento curioso neste ano é a troca de livros usados em grupos nas redes sociais.
— Identificamos na pesquisa uma mudança de comportamento dos consumidores que passaram a realizar trocas de livros e outros materiais escolares em grupos de Facebook e WhatsApp, fazendo uso de materiais já utilizados em bom estado de conservação. Em razão disso, 22% dos lojistas perceberam um impacto negativo nas vendas de artigos escolares.
No ano passado, a coluna listou cinco dicas para economizar na compra de materiais escolares. Relembre clicando aqui.
Veja mais destaques da pesquisa:
Como está a procura por material escolar?
Movimento baixo: 72%
Movimento médio: 28%
Qual é a previsão dos dias de maior volume de vendas de material escolar?
3 semanas antes da volta às aulas: 7%
2 semanas antes da volta às aulas: 23%
1 semana antes da volta às aulas: 28%
Na véspera da volta às aulas: 29%
Após a volta das aulas: 13%
As vendas de material escolar, comparadas às vendas de 2021 nesse mesmo período: Aumentaram: 29%
Diminuíram: 13%
Se mantiveram: 36%
Não sabe: 22%
O percentual de aumento nas vendas de material escolar em comparação com 2021 foi de: 19%
Base: respondentes que relataram aumento nas vendas de material escolar
Em relação ao ano passado, os preços do material escolar:
Aumentaram: 79%
Diminuíram: 3%
Se mantiveram: 15%
Não sabe: 3%
O percentual de aumento nos preços foi de: 24%
Base: respondentes que relataram aumento nos preços
Principais itens de material escolar que tiveram maior reajuste de preços:*
Caderno 43%, com reajuste de 19%
Mochila 9%, com reajuste de 20%
Pastas de plástico 9%, com reajuste de 24%
Livros 8%, com reajuste de 19%
Base: respondentes que relataram aumento nos preços
* Respostas múltiplas
Gasto médio por cliente com o material escolar (sem considerar livros didáticos): R$ 174,70
Materiais escolares mais vendidos*
Caderno: 54%
Canetas: 53%
Lápis: 37%
Borracha: 27%
Folhas de ofício: 21%
Livros: 11%
Apontador: 10%
* Respostas múltiplas
Muitos pais utilizam grupos de Facebook e de WhatsApp para troca de livros e outros materiais escolares. Você percebeu um impacto negativo nas vendas em razão dessa troca pelas redes?
Sim: 22%
Não: 56%
Não sabe: 22%
Colunista Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Colaborou Daniel Giussani (daniel.giussani@zerohora.com.br)
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