Em 2020, as pessoas consumiram menos. Em parte, por receio dos efeitos da pandemia. Isso reduziu endividamento e, também, a inadimplência. Os preços também não subiram tanto. Já em 2021, o cenário mudou. A inflação está em dois dígitos, puxada por gastos difíceis de driblar, como conta de luz e combustíveis. O endividamento começou a crescer, bateu recordes já e ficou de "má qualidade". Ou seja, está em dívidas com juro alto e sinaliza que as pessoas estão usando crédito para contas que terão que pagar todos os meses, como despesas básicas e a compra de comida.
Dados do Banco Central apontam que, em outubro, o rotativo do cartão de crédito bateu recorde no país, de R$ 21,6 bilhões. O que mais preocupa é que é, exatamente, a dívida mais cara do mercado para consumidores, com um juto médio de 335% ao ano. Como é médio, significa que há rotativos bem mais altos do que isso.
Dados da Serasa Experian apontam que o Rio Grande do Sul está com 3,123 milhões de inadimplentes. É um número 13,5% superior ao fechamento de 2020. No total, esses gaúchos devem R$ 13,189 bilhões.
Valor médio que cada um deve: R$ 4.222,85
Valor médio da dívida: R$ 1.294,00
Não é um problema exclusivo do Rio Grande do Sul. É uma situação nacional. Em outubro, a inadimplência registrou a maior alta do ano, segundo a Serasa Experian. Com 63,4 milhões de brasileiros com contas atrasadas, o número é o maior desde julho do ano passado. O valor das dívidas também está mais alto: uma média de R$ 4.000,61 por pessoa e R$ 1.189,38 por dívida, menores do que no Rio Grande do Sul, porém. O segmento de bancos e cartões de crédito segue liderando o ranking das contas responsáveis pela inadimplência, representando 28,70% do total. Na sequência, aparecem as dívidas de utilities (tarifas básicas, como água e luz) com 23,5%. O varejo responde por 13%.
Aliás, termina nesta segunda-feira (6) o Feirão Serasa Limpa Nome. Em casos extremos, há desconto de até 99% nas dívidas durante a negociação, que pode ser feita pelos canais digitais da Serasa (aplicativo, site e WhatsApp). Na Região Sul, já foram 444.086 acordos.
Coluna Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Colaborou Daniel Giussani (daniel.giussani@zerohora.com.br)
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