Terceira maior produtora de embalagens de vidro para alimentos e bebidas no mundo, a francesa Verallia investirá R$ 500 milhões no Rio Grande do Sul. O montante será usado para ampliar a sua operação em Campo Bom, onde a empresa já possui uma fábrica desde 1989. A coluna conversou sobre a expansão com Quintin Testa, diretor geral da Verallia na América do Sul para o programa Acerto de Contas (domingos, às 6h, na Rádio Gaúcha). Confira:
O que vai ser feito na fábrica?
Estamos projetando um investimento 80 milhões de euros. Nós vamos fazer uma ampliação da fábrica de garrafas na cidade de Campo Bom. Vamos adicionar um novo forno, vamos colocar uma área de expedição de produto, e todas as instalações de galpões para poder fornecer as garrafas ao mercado de vinho, espumantes, sucos, adicionando também para alcoólicos. Essa ampliação dobrará nossa capacidade de fabricação em Campo Bom, que é um dos três lugares no Brasil onde temos produção de garrafas. A capacidade da nova fábrica chegará a 700 mil garrafas de vidro por dia. Serão mais ou menos 480 milhões de garrafas por ano.
As garrafas são produtos que estão em falta aqui no Rio Grande do Sul. Ouvimos até produtores que estavam trazendo garrafas da Europa. Vocês pretendem atender ao mercado gaúcho e também vender para fora do Estado?
Nossa ampliação será para atender o mercado doméstico, mas estamos totalmente qualificados para exportar. A localização dessa fábrica foi definida baseada no nosso plano de investimento de longo prazo, mas também tratando sempre de estar perto do setor e do segmento de mercado que atendemos. E, nesse caso, no Sul, é basicamente para vidro verde e um pouco de vido transparente para o mercado gaúcho.
Veja a entrevista completa em vídeo:
Vocês movimentam uma economia importante, com geração de empregos. Vocês têm mais fornecedores aqui do Estado para essa fábrica?
Com essa ampliação, vamos gerar 140 novos empregos fixos na operação, 30 parceiros de terceiros e, durante o processo da obra, vamos utilizar quase mil pessoas trabalhando na construção da fábrica. Essa fábrica está projetada para começar as operações em dezembro de 2023, o que é, praticamente, amanhã.
E a demanda é de ontem...
Acredito que sim. E esse investimento que estamos anunciando é parte de nosso plano de investimento de longo prazo. Obviamente está bem focado nas necessidades e condições do mercado, os contratos e convênios com nossos clientes. Mas também é importante ressaltar que um dos fatores que fez a Verallia escolher o Rio Grande do Sul é também o apoio e a rapidez que o governo do Estado — através dos incentivos do Fundopem e da Secretaria de Desenvolvimento Econômico — e a prefeitura fizeram para o processo desse investimento ser muito bem recebido por todos, e com decisões muito rápidas.
Dentro desse plano de longo prazo da Verallia, há mais para o Rio Grande do Sul?
Nós sempre estamos, como um companhia sólida no Brasil e globalmente, atentos a continuar os investimentos de acordo às necessidades de cada tipo de produto. Então, estamos abertos ao crescimento de mercado. Esperamos que essa relação dure por muitos e muitos anos. Por isso, estarei sempre à disposição.
Ouça o programa Acerto de Contas (domingos, às 6h, na Rádio Gaúcha):
Coluna Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Colaborou Daniel Giussani (daniel.giussani@zerohora.com.br)
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