Vem do Exterior um sinal que pode trazer alívio nos preços dos combustíveis aqui no Brasil também. É uma batalha sobre o preço do petróleo que está sendo travada sob a liderança da Casa Branca. Isso porque os Estados Unidos também estão preocupados com a inflação, que está sendo puxada em boa parte pelos combustíveis também por lá. Algo que, aliás, estamos vivendo na pele aqui no Brasil.
Os Estados Unidos estão chamando outros países para avaliarem usar suas reservas de petróleo. Outras medidas também estão sob análise, como restringir exportações. O movimento busca pressionar a cotação para baixo enquanto a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) não aumenta a produção. O presidente norte-americano, Joe Biden, chegou a pedir publicamente à organização para antecipar o cronograma de elevação da produção, mas isso não ocorreu. A última reunião terminou com a decisão de mantê-lo.
Deve haver, inclusive, uma ação coordenada entre Estados Unidos e China, as duas maiores economias do mundo. Nesta semana, Biden teve uma reunião virtual com o líder chinês Xi Jinping.
Só essas notícias já provocaram uma queda do petróleo. A cotação fechou com recuo ontem e abriu também em baixa nesta quinta-feira (18).
O petróleo e o dólar são os fatores que fazem a Petrobras definir os preços nas refinarias, que tiveram o último reajuste no final de outubro. Além disso, o etanol - que é misturado na gasolina - sobe com a quebra de safra, sem previsão de se acomodar. Enquanto isso, o ICMS segue congelado pelos Estados até final de janeiro. Aqui no Rio Grande do Sul, haverá, ainda, a volta da alíquota de 25%, que atualmente está majorada em 30%. Segundo a última pesquisa da Agência Nacional do Petróleo (ANP), o litro da gasolina comum está custando, em média, R$ 7,08.
Colunista Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Colaborou Daniel Giussani (daniel.giussani@zerohora.com.br)
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