Em novembro, tem reajuste das tarifas de energia da CEEE Equatorial, item de peso na formação da conta de luz do consumidor. A empresa já encaminhou o seu pedido à Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), que promoveu uma audiência pública e colocou o número sob consulta. São eles:
+10,40% para consumidores residenciais
+10,85% para baixa tensão
+6,01% para alta tensão
Efeito médio ao consumidor: +9,52%
As contribuições recebidas serão analisadas pela diretoria da Aneel. Na sequência, a agência reguladora define e divulga os percentuais que passam a valer na conta de luz a partir de 22 de novembro. Comprada pela Equatorial, a CEEE-D atende cerca de 1,7 milhão de unidades consumidoras, quer ficam em 72 municípios do Rio Grande do Sul.
O que está ocorrendo agora é a Revisão Tarifária Periódica (RTP), que acontece a cada quatro anos. Em 2021, ela se junta ao reajuste anual, tendo apenas um aumento ao consumidor, explica Jeremias Wolff, diretor da Electric Consultoria.
Em junho, entrou em vigor o reajuste das contas da RGE, do Grupo CPFL. A tarifa teve aumento médio de 9,93% para baixa tensão (residências, propriedades rurais, indústrias e comércios de pequeno porte) e de 10% para consumidores ligados à alta tensão (indústrias e comércios de grande porte).
Os aumentos vêm em linha com a inflação oficial do país pelo IPCA. Descolaram-se do IGP-M, índice de inflação que costuma ser usado em reajuste de contratos e está acumulado em 25% em 12 meses. Mas atente-se de que a conta de luz é formada ainda pelas bandeiras tarifárias, a cobrança extra mensal para repassar a alta do custo de energia e não pressionar tanto o reajuste anual. Além de estarmos pagando o patamar mais alto, ele foi reajustado em 130% neste ano para cobrir a geração de energia mais cara devido à crise hídrica com o pior regime de chuvas em 91 anos.
E para 2022? Há forte possibilidade de a bandeira seguir alta durante todo o ano. A Aneel já apontou para um aumento de 16% na conta de luz em cima da base alta de 20221. Jeremias Wolff, da Eletric, explica que isso depende muito de como será o clima no período mais úmido do ano, que se aproxima:
- Quanto às chuvas no Sudeste, projetamos uma melhora, atingindo pelo menos 76% da MLT (média de longo termo). Já no Sul, elas devem atingir em outubro 100% da MLT, cenário que traz um auxílio importante ao sistema. Entretanto, o sinal é de muita atenção e cuidado, dada a atual condição da bacia do Rio Paraná. Até, novembro, o cenário para o Sistema Interligado Nacional (SIN) é crítico. Precisamos de um período úmido generoso para não falarmos de racionamento em 2022.
Colunista Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Colaborou Daniel Giussani (daniel.giussani@zerohora.com.br)
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