Fundado em 1918, o Grupo Dagoberto Barcellos, de Caçapava do Sul, está inserido em duas áreas de negócio que têm se destacado durante a pandemia: a agronegócio e a construção civil. Isso porque a empresa centenária produz cal para construção e calcário agrícola. À coluna, Carlos André Barcellos, diretor comercial e industrial da empresa, falou sobre o plano de expansão que inclui uma nova operação e investimentos no setor de pesquisa e desenvolvimento. A unidade fica em Almirante Tamandaré, na região metropolitana de Curitiba (PR).
A fábrica começa a ser construída e fica pronta quando?
Já existe uma planta em funcionamento, sendo modernizada, que estará 100% sob gestão da DB a partir de primeiro de janeiro de 2022. Estamos com nosso parque fabril trabalhando em sua capacidade máxima para atender à demanda do mercado.
Qual será o investimento e a geração de emprego?
Investimento de R$ 10 milhões nos próximos dois anos, gerando em torno de 50 empregos diretos.
Por que foi escolhida essa cidade?
É um dos principais polos na extração e beneficiamento de pedra calcária, com jazidas de minério de alta qualidade. Além disso, sua localização irá permitir o aumento do raio de atuação, cobrindo toda a Região Sul e parte do Sudeste.
O que será produzido lá, e como será a conexão com a operação gaúcha?
A linha Finaliza, de acabamentos, será produzida no Paraná, além de produtos direcionados à linha industrial. A principal conexão com a operação gaúcha está ligada à viabilidade logística, através de rotas cruzadas para atendimento ao estado de Santa Catarina e litoral norte gaúcho, regiões onde há alta demanda de nossos produtos para a construção civil e, portanto, ótimas oportunidades de negócio.
Aqui no Rio Grande do Sul, qual a estrutura da empresa? Ela também está recebendo investimentos?
A empresa possui um parque industrial ocupando uma área de 83 hectares, além de 740 hectares de área de exploração de minério e reflorestamento. Temos 430 funcionários. Estão sendo aplicados aproximadamente R$ 12 milhões em investimentos na modernização do parque e renovação de equipamentos visando maior eficiência de produção.
Qual é o mercado da empresa?
Hoje, atendemos todo o Rio Grande do Sul com ambas as linhas (agro e construção civil), além de exportação para Uruguai. Na linha de construção, fornecemos para algumas das principais lojas e redes de materiais de construção do Estado, além de construtoras e indústria de concreto. Incentivamos em diversas regiões o desenvolvimento da mão-de-obra através de cursos e palestras gratuitas para pedreiros, pintores, mestres de obra, visando ajudar e qualificar cada vez os serviços prestados.
Como a empresa lida com a crise de insumos e com um impacto do juro na construção?
Estamos enfrentando grandes dificuldades na compra de determinados itens, como embalagens, material elétrico, derivados de plástico e metais, além do impacto no aumento de preço nesses itens, vários deles com aumento superior a 100%. O mercado da construção civil ainda está aquecido, principalmente pelas baixas taxas de juros que eram praticadas em 2020 para financiamento imobiliário. Atualmente, nos preocupa a tendência de crescimento nos juros que inevitavelmente irá reduzir a demanda. Estamos analisando o quanto o mercado é sensível a esta variação.
No agronegócio, que vai bem, quais são os mercados?
Fornecemos insumos e produtos para os principais players do agronegócio gaúcho, cooperativas, produtores, além de insumos para indústria de fertilizantes e afins. Estamos alinhados com o mercado buscando através do incentivo a agricultura de precisão, sempre maior eficiência e produtividade para o solo gaúcho, temos diversas parcerias com pesquisadores e áreas experimentais para que nosso produto possa ajudar o crescimento desse mercado e consequentemente melhorar o resultado do produtor. Também exportamos para o Uruguai, onde a agricultura está em franca expansão.
* Colaborou Daniel Giussani
Coluna Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Equipe: Daniel Giussani (daniel.giussani@zerohora.com.br)
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