Empresa de Farroupilha, a Grendene construirá mais uma fábrica no Ceará. A empresa comunicou aos acionistas a decisão de investir em uma nova planta industrial no município de Crato. A implantação está prevista para 2022 em uma área de quase 11 mil metros quadrados. O investimento será de R$ 30 milhões, com geração de mil novos empregos.
A nova unidade tem como objetivo a ampliação da capacidade de produção de calçados e componentes de EVA em 500 mil pares mensais. A definição ocorreu após prorrogação e aumento dos incentivos fiscais do ICMS pelo governo do Ceará. São beneficiadas indústrias que a Grendene já tem em Sobral, Crato e Fortaleza. O benefício, que terminaria no final de 2021, foi estendido até 2032.
A origem da Grendene remonta a 1971, quando os irmãos Pedro e Alexandre Grendene Bartelle fundaram a Plásticos Grendene, em Farroupilha, na serra gaúcha. Depois, iniciaram a fabricação de embalagens plásticas para garrafões de vinho, até então feitos em vime. Em seguida, começou a produção de peças em plástico para máquinas e implementos agrícolas. E, na sequência, a empresa tornou-se fornecedora de componentes para calçados, sendo pioneira na utilização da poliamida (nylon) como matéria-prima para a fabricação de solados e saltos para calçados. A primeira sandália surgiu em 1978, chamada Nuar. Em 1979 era lançada a coleção de sandálias plásticas com a marca Melissa, inspirada nos calçados utilizados por pescadores franceses.
Hoje, a Grendene conta com mais de 24 mil funcionários em seis fábricas. Também tem fábrica em Teixeira de Freitas, na Bahia. No ano passado, a Vulcabras Azaleia licenciou a marca Azaleia para a Grendene. O licenciamento é válido por três anos e renováveis por igual período. A remuneração pelo uso da marca será paga pela Grendene com base em um percentual da receita mensal dos produtos. A produção dos calçados femininos foi dividida entre suas operações no Rio Grande do Sul e no Ceará. Segundo a empresa informou à coluna na época, a fabricação ficou concentrada no município cearense de Sobral. No entanto, a unidade de Farroupilha, na serra gaúcha, ficou responsável pelo design e a chamada matrizaria, que é o desenvolvimento da forma que servirá de base para a produção do calçado.
Colunista Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Colaborou Daniel Giussani (daniel.giussani@zerohora.com.br)
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