O mercado está olhando com carinho extra empresas que seguem práticas ESG. A sigla, em inglês, significa Environmental (ambiental), Social (social) e Governance (governança), três pilares que investidores começam a acreditar que são fundamentais para o futuro das companhias. Para falar sobre o assunto, o programa Acerto de Contas (domingos, às 6h, na Rádio Gaúcha) entrevistou Rodrigo Franchini, sócio da Monte Bravo Investimentos. Segundo ele, ainda são poucas empresas que, reconhecidamente, adotam a prática ESG no Brasil, mas listou alguns exemplos e justificou: 

Ambev

"A Ambev no Brasil é uma empresa ESG. Tem um peso relativamente significativo no Ibovespa (índice da bolsa de valores de São Paulo): mais de 3%. Então, é uma empresa robusta com uma negociação diária muito boa, e ela tem um rating AA de ESG Global e um score de 7.9."

B3 (bolsa de valores de São Paulo)

"A B3 também é uma empresa ESG e olha como é diferente da Ambev. Uma empresa de alimentos e bebidas e uma instituição financeira. A B3 também é um ESG com rating AA e com score de 7.9."

Banco do Brasil e Santander

"Banco do Brasil, do mercado financeiro, tem a questão do carbono, gestão de pessoas com menor saída e ombudsman (indivíduo que é um canal de comunicação com clientes) com notas melhores. ESG não é só sobre plantar árvores. Pode ser uma empresa que não tem nada a ver com meio ambiente, mas com boas práticas de governança e uma preocupação com o meio ambiente em médio prazo. Banco do Brasil tem uma nota de 8.3 global. Santander é uma empresa ESG."  

Mais exemplos...

"Natura também é ESG, com uma nota global de 7.3. A EDP, que é uma elétrica, 7.7. Cemig, também do setor elétrico, com 7,5. Ultrapar, também, com 8.4. E Ultrapar é de distribuição de combustível, um setor bem sensível! Mas ela, dentro do setor que atua, é uma empresa altamente responsável, com controle de emissões de carbono e de gastos com seus caminhões. Ela entra com uma nota de 8.4 no Score Global."

Assista à entrevista completa com Rodrigo Franchini, head da Monte Bravo Investimentos: 

Coluna Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Colaborou Daniel Giussani (daniel.giussani@zerohora.com.br)
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