Teve surpresa negativa hoje quando foi divulgado o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br). Chamado de prévia do PIB, ele caiu 0,43% em maio na comparação com abril. O mercado trazia projeções de crescimento em torno de 1%.
O avanço estava sustentado no crescimento da indústria, do comércio e dos serviços em maio no país, sugerindo até um resgate da trajetória de recuperação interrompida nos primeiros meses de 2021. Houve flexibilização do isolamento social após a segunda onda da covid-19, avanço da vacinação e liberação dos recursos da nova fase do auxílio emergencial.
Mas, então, o que aconteceu? O Banco Central também revisou o dado de abril para uma alta de 0,85% frente ao avanço de 0,44% informado inicialmente. Isso já impacta as projeções. Ainda assim, a diferença com a expectativa para o IBC-Br foi muito grande. Economista da Quantitas Asset, João Fernandes pondera que o indicador é mais abrangente do que as três pesquisas do IBGE sobre indústria, varejo e serviços.
- Uma conclusão consistente com a leitura é de que os serviços não incluídos na pesquisa do IBGE tiveram uma recuperação menos acelerada na saída do buraco de março. Também cabe a percepção de alguma devolução do setor do agro, que teve uma alta muito substancial no 1º trimestre, sendo razoável um arrefecimento - detalha Fernandes.
Já no acumulado de 12 meses até maio, o IBC-Br subiu 1,07%. Fernandes projeta uma alta de 0,2% do PIB no 2º trimestre. Para 2021, mantém a projeção de crescimento de 5,7%, mas também com "um marginal downside risk", ou seja, uma possibilidade de redução com o ritmo menos acentuado de recuperação no 2º trimestre.
Coluna Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Colaborou Daniel Giussani (daniel.giussani@zerohora.com.br)
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