Está marcada para esta quinta-feira (24) a assembleia de credores da Ulbra, quando deve ser votado o plano de recuperação judicial da universidade. A dívida está em R$ 3,9 bilhões, sendo que a maior parte é formada por débitos com instituições financeiras e fornecedores. Os créditos trabalhistas são de valor menor, mas têm prioridade de pagamento por lei, com prazo que vai de dois a três anos para quitação.
O administrador judicial Rafael Brizola Marques, representante da Brizola e Japur Administração Judicial, ressalta que os credores têm até as 14h desta quarta-feira (23) para fazer o credenciamento que dá direito a votar na assembleia. Isso pode ser feito pelo site da administradora judicial. Segundo Marques, já há 3 mil credenciados dos 6.680 credores. Ele acrescenta que há uma forte possibilidade de que uma nova versão do plano seja apresentada na assembleia, o que é permitido pela legislação.
- Creio que será uma das maiores assembleias de credores já realizada no país - comenta.
No caso de não haver quórum mínimo ou a Ulbra pedir suspensão, já há uma data prevista para uma nova assembleia: 28 de julho. A reunião será virtual. O pedido de recuperação judicial da Ulbra foi ajuizado inicialmente em 6 de maio de 2019, conforme noticiado pela coluna na ocasião.
E na semana que vem, tem a segunda assembleia para votar o plano de recuperação judicial da Paquetá. A dívida é de R$ 408 milhões, com 12.418 credores. Com atuação na indústria e no varejo de calçados, o grupo pediu recuperação judicial em 2019.
A recuperação judicial substituiu a antiga concordata na legislação brasileira. É um mecanismo usado pelas empresas para colocar as finanças em ordem e retomar a operação, evitando uma eventual falência. A Justiça determina, por exemplo, suspensão de cobranças e impede o corte de serviços básicos, como o fornecimento de energia elétrica.
Coluna Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Colaborou Daniel Giussani (daniel.giussani@zerohora.com.br)
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