O Sindicato das Empresas de Transporte de Cargas e Logística no Estado do Rio Grande do Sul (Setcergs) está apontando defasagem de 30,5% nos fretes cobrados pelas empresas. Para sustentar a afirmação, o presidente Sérgio Gabardo lista diversos aumentos de custos do segmento. Para começar, o executivo cita os cinco reajustes nos preços do diesel em 2021, que somam 41,5% de alta nas refinarias. O combustível, sozinho, representa 40% no custo do frete.
- Esses reajustes resultam em 16,6% de necessidade de incremento no preço final do frete.
O preço do frete é um claro exemplo de como aumentos em uma ponta chegam à outra, com efeito em cascata na economia. O executivo cita ainda elevações nos preços dos próprios caminhões e implementos, além da escassez de pneus. Aliás, borracha é um dos insumos em falta para diversos setores econômicos.
- Um conjunto “cavalo trucado mais carreta baú seis eixos zero quilômetro” passou de R$ 500 mil em 2019 para R$ 750 mil agora (alta de 50%). Fabricantes e fornecedores de pneus enviam comunicados quinzenais - senão, semanais - informando inviabilidade de entregas e fechamento de preços antecipados. Dizem que o valor a ser cobrado pelo pneu será do dia do faturamento conforme taxa cambial e preço do petróleo.
Gabardo termina sugerindo que as transportadoras de cargas negociem imediatamente os preços dos fretes com seus clientes. Indica o uso desses índices de aumento de custo para manter o equilíbrio das empresas.
Colunista Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Colaborou Daniel Giussani (daniel.giussani@zerohora.com.br)
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