Os dias intensos para a Petrobras, recém começaram. Quem achou que as ações derreteram no pregão dessa sexta-feira ao caírem cerca de 7%, viu a situação se agravar após o fechamento da bolsa.
Como no passado, o governo federal volta a intervir na empresa. Intensamente e sem pudor. O presidente Jair Bolsonaro disse que não mexeria na política de preços, mas tirou o presidente da Petrobras! E colocou um general. Difícil dizer o que mais assusta investidores. As ações da estatal se desmancharam no pós-mercado do Exterior — às 20h30min, a queda chegou a atingir 15% — e segunda-feira promete um colapso, salvo um milagre no final de semana. Já se fala em renúncia de todo o conselho.
A Petrobras é estatal, sim. Mas é empresa de capital aberto, com ações que pertencem a grandes investidores, mas também a pequenos que colocaram seu FGTS, além de fundos usados para a aposentadoria de muitos brasileiros. Fora que ela movimenta uma cadeia econômica enorme.
E mais, será um tiro no pé. Uma crise institucional, além isentar tributos de diesel e gás em mais de R$ 3 bilhões no calor do momento, pode desvalorizar ainda mais o real frente ao dólar, piorando o principal motivo da atual disparada nos preços dos combustíveis.