A coluna avisou do susto que muitos leitores levariam quando recebessem a conta de luz agora em dezembro. Houve o reajuste anual da CEEE no final de novembro e também a bandeira tarifária vermelha patamar 2 da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) estabelecendo a cobrança extra máxima.
Como previsto, a energia tornou-se a principal pressão na inflação para o consumidor. Pela prévia de dezembro da Fundação Getúlio Vargas (FGV), a alta já fica em mais de 13%. Só que a conta de luz traz outros aumentos a reboque. O que aparece de imediato é o condomínio residencial, que pesa no orçamento das famílias assim como sente o peso do custo da energia elétrica. Ele já aparece como a segunda principal pressão sobre a inflação no mês.
E saiba que tem muitos outros aumentos em cascata que ocorrem quando itens como a energia ficam mais caros. Qualquer pessoa ou empresa que lhe venda um produto ou preste um serviço, tem na sua formação de preço o custo embutido do que gasta com luz. Portanto, é importante preparar o orçamento para aumentos de gastos.
Em uma breve sondagem provocada pela coluna, a Associação Gaúcha de Supermercados (AGAS) e a Associação Gaúcha para Desenvolvimento do Varejo (AGV) coletaram relatos de alta na conta de luz das lojas. Em alguns casos, dobrou o valor com o aumento no consumo normal nesta época.
Como alternativas, foram citadas a troca de lâmpadas por LED, fazer a manutenção do ar condicionado e usar menos equipamentos elétricos. No caso de supermercados, vários contam que já estão com sistema de geração de energia solar instalado há algum tempo, o que amenizou o impacto do custo da luz nos negócios, o que, quase sempre, precisa ser repassado ao consumidor.
Sócio da Ecosul, Alan Spier conta, inclusive, que houve aumento na procura pela instalação de equipamentos de geração de energia fotovoltaica. A bandeira vermelha contribuiu, mas também a isenção do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) sobre financiamentos. A isenção termina agora em dezembro. No entanto, o governo federal chegou a antecipar o fim da isenção e, antes de voltar atrás, houve uma corrida para tomar o crédito. Muitos equipamentos de energia solar são financiados pelos clientes.
- Quando o governo anunciou que a isenção terminaria no dia seguinte, os bancos voaram tentando liberar o que tinham na fila. Foi recorde histórico de liberação de recursos. Recebemos dos bancos em um dia o equivalente a 20 dias normais conta o sócio da Ecosul, empresa de Nova Petrópolis, na serra gaúcha.
olunista Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Colaborou Daniel Giussani (daniel.giussani@zerohora.com.br)
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