Vale mesmo a pena pagar os boletos antes do vencimento? Essa é mais uma dúvida frequente dos leitores. Aparentemente, dá uma sensação de dever cumprido e até de liberdade pagar a conta antes do fechamento do prazo. Mas nem sempre é vantajoso. Quando o dinheiro que será usado para quitar a dívida está em uma aplicação financeira, o ideal é deixá-lo guardado até o último momento rendendo juro, sem sacá-lo antecipadamente.
Isso vale, inclusive, para quando o dinheiro está na caderneta de poupança. Mas se você responder que o dinheiro estava parado na conta corrente sem render nada mesmo, a coluna rebate perguntando por que motivo o valor não estava, ao menos, na poupança.
Quando o pagamento antecipado é indicado? Se, por acaso, a quitação prévia lhe trouxer algum bônus, como um desconto ou isenção de juro. Algumas empresas oferecem o benefício. Então, você compara essa oferta com a rentabilidade que teria na aplicação financeira e escolhe a opção mais vantajosa.
Em alguns casos, pagar antes do vencimento também turbina a pontuação do consumidor como bom pagador no chamado Cadastro Positivo. Isso tende a gerar melhores condições na tomada de crédito no futuro. Apesar disso, a coluna ainda prefere o benefício mais concreto e garantido da rentabilidade gerada pelo dinheiro aplicado.
Outro argumento frequente é quanto à organização financeira. Pagar a conta antes para não esquecer do vencimento, o que gera cobrança de juro e multa. Só que é preciso olhar essa situação como um custo que você tem pela falta de organização, um dinheiro que deixa de ganhar por causa dela. O melhor, então, é anotar na agenda e pagar direito, dando o valor devido ao seu dinheiro.
E, para fechar, há ainda a opção do débito automático. Particularmente, a coluna não gosta. Os relatos de cobrança de valores errados ou indevidos são tão frequentes que é preferível evitar a dor de cabeça de enfrentar depois um serviço de atendimento ao consumidor (SAC) e ficar monitorando ressarcimentos.
Colunista Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Colaborou Daniel Giussani (daniel.giussani@zerohora.com.br)
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