Não foi cumprido e acabou sendo rompido o acordo de pagamento das verbas rescisórias dos 176 funcionários demitidos pelo Grupo Expansão, de São Leopoldo, no Vale do Sinos. A redução no quadro de funcionários da empresa foi noticiada pela coluna ainda em junho. Na ocasião, a empresa disse estar enfrentando dificuldades pelo rompimento de contrato por uma cliente que a coluna descobriu ser a Vivo.
Depois, foi fechado um acordo antes de ser ajuizada ação trabalhista. Ficou definido que os valores seriam quitados em cinco parcelas, mas somente duas foram pagas. A empresa apresentou uma contraproposta que não foi aceita, conta o advogado Günther Mühlbach, que representa um grupo de cerca de 40 trabalhadores.
- Agora, estamos ajuizando ações individuais. Inclusive, já temos decisão que determina que parte do pagamento feito por novos clientes do grupo à empresa seja automaticamente direcionada para quitar os valores devidos. Como houve novas demissões, há mais verbas rescisórias que a empresa precisa quitar - explica ele, que calcular um valor devido em torno de R$ 1,9 milhão.
O Grupo Expansão alegou não ter receita para fazer os pagamentos conforme havia sido acordado. A empresa sempre chamou a atenção por adotar ações motivacionais, como oferecer frutas gratuitas para os funcionários e ter grandes áreas de lazer, chamadas hoje de espaços de "descompressão". Chegou até a fazer o projeto para instalar um tobogã no escritório, mas que não recebeu autorização para ser executado.
Colunista Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Colaborou Daniel Giussani (daniel.giussani@zerohora.com.br)
Siga Giane Guerra no Facebook
Leia aqui outras notícias da colunista