O comércio foi a atividade que menos caiu no auge da crise no Rio Grande do Sul, diz o Banco Central no seu relatório regional divulgado todos os trimestres. Atribui isso ao auxílio emergencial e à alteração no padrão de gastos das famílias. Mas é preciso esclarecer que comércio é um setor amplo, que inclui segmentos que se comportaram completamente diferentes na pandemia.
Os supermercados, por exemplo, tiveram um salto de vendas nos primeiros meses da pandemia exatamente por motivos como esses citados pela autoridade monetária. Mas esse ritmo vem desacelerando conforme a renda vai caindo e os preços subindo.
Na comparação com o intervalo anterior à crise, o destaque vai para material de construção. O setor enfrentou período curto de fechamento de lojas porque foi considerado essencial, também surfa no estímulo à construção e também nas reformas feitas pelo consumidor que fica mais em casa.
Já na outra ponta, com quedas de dois dígitos apontadas pelo Banco Central, estão as lojas de vestuário e calçados. As pessoas gostam de experimentar, resistem à compra online e, ficando mais em casa, preocupam-se menos com moda. Além disso, os gastos familiares foram redirecionados.
E isso ainda preocupa para o Natal. Presidente da Associação Gaúcha para Desenvolvimento do Varejo (AGV), Sergio Galbinski sempre manda mensagem para a coluna dizendo que as pessoas não dão material de construção e pneu de presente.
Colunista Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Colaborou Daniel Giussani (daniel.giussani@zerohora.com.br)
Leia aqui outras notícias da colunista
Experimente um jeito mais prático de se informar: tenha o aplicativo GZH no seu celular. Com ele, você vai ter acesso rápido a todos os nossos conteúdos sempre que quiser. É simples e super intuitivo, do jeito que você gosta.
Baixe grátis na loja de aplicativos do seu aparelho: App Store para modelos iOS e Google Play para modelos Android.