Ao defender o que acredita e usar isso para inspirar mudanças, Márcio Fernandes traz experiências e compartilha o que vê de bom - e de ruim - nos ambientes organizacionais que conhece. Na condução que fiz da conversa com o escritor no RBS Talks, evento online do Grupo RBS, chamou a atenção que as orientações, por mais práticas que sejam, são aplicáveis a qualquer empresa. Basta concordar com elas e querer implementá-las, claro.
O painel Saúde e Felicidade Dão Lucro durou mais de uma hora e, para facilitar, a coluna selecionou algumas partes. Em especial, aquelas que podem ser úteis para guiar o leitor neste momento desafiador. O ano é atípico, empresas e pessoas passaram por mudanças intensas. Previsões não se confirmaram, nem que a pandemia duraria semanas e nem que a economia demoraria mais para ter uma retomada. Agora, muitos vivem uma nova adaptação, com retorno à atividade presencial. Além disso, não há certezas sobre o futuro da pandemia e muito menos sobre prazos. Confira:
Faça os outros felizes
Fomos ensinados a fazer felizes pessoas que amamos. Mas fazer felizes quem não conhecemos faz muita diferença. Fernandes pergunta: "Por que vivemos com tanta gente por tantos anos e nos interessamos tão pouco por elas?". Cabe aqui lembrar que o primeiro livro do autor chama-se Felicidade dá Lucro.
Como é o bom líder
Não significa ser permissivo, covarde e paternalista. O bom líder é justo, faz o melhor pelas pessoas de acordo com o que é melhor para o todo. Ele estimula o jovem a aprender, é "transformacional", não ilumina o próprio pé e, sim, o caminho dos outros. O bom gestor engole o ego e vê que é amargo, alerta Márcio Fernandes.
Aprendizados da pandemia
Há tantos aprendizados quanto se tiver humildade de absorver. Para Fernandes, as pessoas vão se cuidar como nunca, se respeitar como sempre deveriam fazê-lo e aproveitar as oportunidades.
Pivotar
Startups e jovens falam em pivotar o tempo inteiro, o que significa dar uma guinada no negócio. O escritor sabe que mudar o rumo é uma decisão difícil para empresas centenárias e que faturam bilhões. Mas ele defende que o resultado é maravilhoso porque as pessoas são muito sensíveis a coisas boas, e o dinheiro é consequência. Pivotar sempre é possível, mas não é fácil e nem rápido.
Confie e estimule o propósito
Márcio Fernandes conta que, ao dizer para as pessoas "confia", costuma ouvir "não posso, serei enganado". Então, ele responde: "você já é". Se confiar nas pessoas da sua equipe, você estimula propósitos verdadeiros. O critério básico não pode ser a desconfiança em uma relação do ambiente de trabalho. Há muito mais pessoas boas do que ruins. E as boas, quando ativas, mudam o jogo.
Como encantar o cliente?
Encantar o cliente é objetivo e desafio de toda e qualquer empresa. Fernandes responde ao empresário que pergunta isso: "encante seu funcionário, que é o seu cliente". Nesse momento do painel, o escritor lembrou das convenções realizadas pelas empresas para gerar um esforço de vendas e disse: "trabalho não precisa de esforço, precisa de amor."
Ainda no RBS Talks, Michele Schneider, especializada em medicina interna e gerente-médica da Doctor Clin, lembrou do desafio das empresas agora. É preciso estimular a conexão entre as pessoas, mas ainda manter a distância física enquanto estivermos combatendo o coronavírus. Para isso, é preciso pensar nos ambientes dentro da empresa, com locais de convívio, mas adaptados à realidade do momento.
Veja o mapa gráfico da conversa, feita pelo artista Daniel Romanenco, da Deixa que eu Desenho:
Colunista Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Colaborou Daniel Giussani (daniel.giussani@zerohora.com.br)
Leia aqui outras notícias da colunista
Experimente um jeito mais prático de se informar: tenha o aplicativo GZH no seu celular. Com ele, você vai ter acesso rápido a todos os nossos conteúdos sempre que quiser. É simples e super intuitivo, do jeito que você gosta.
Baixe grátis na loja de aplicativos do seu aparelho: App Store para modelos iOS e Google Play para modelos Android.