Considerada finalizada a segunda fase e com o governo anunciando um terceiro Pronampe (Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte), o governo federal informou quais foram os bancos que mais emprestaram até agora. São eles: Caixa Econômica Federal, que liberou R$ 12 bilhões; seguida por Banco do Brasil, com R$ 7 bilhões; e, em terceiro, o Itaú, com R$ 4 bilhões.
No total do programa, foram realizadas mais de 400 mil operações, que superaram R$ 30 bilhões. No Pronampe 2, uma boa parte dos recursos em garantia foi direcionada para instituições financeiras regionais. Ainda assim, não chegam perto do montante de empréstimos dos grandes bancos.
Outro dado curioso é sobre o histórico de quem tomou o crédito pelo programa. Segundo o governo, mais da metade não tinham histórico de empréstimos formais no sistema financeiro.
Em transmissão para entidades empresariais à tarde passada, a Secretaria Nacional de Produtividade, Emprego e Competitividade informou que o Pronampe 3 terá mais recursos e ao menos uma parte deve ser permanente. Um decreto deve sair ainda em novembro. No entanto, a garantia do governo será menor, de 25% contra os 85% anteriores, o que tende a deixar o empréstimo "menos fácil" porque exigirá maior análise de crédito. A taxa de juro também será maior. Atualmente, fica em Selic mais 1,25% ao ano, sendo um empréstimo barato para as empresas. Não foi informada a nova taxa, mas o governo diz que ficará em um dígito.
O Pronampe foi criado no início da pandemia. O objetivo era garantir crédito aos pequenos empreendedores, que encontram dificuldade de tomar empréstimos tradicionais. Nas duas primeiras fases, os recursos se esgotaram rapidamente. Teve banco que precisou fechar o sistema em 30 minutos após o início das operações e instituição financeira que viu o site sair do ar.
Colunista Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Colaborou Daniel Giussani (daniel.giussani@zerohora.com.br) Leia aqui outras notícias da colunista
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