Apesar de quatro meses seguidos de alta, a indústria do Rio Grande do Sul ainda não conseguiu apagar o impacto da pandemia, o que realmente é difícil, ainda mais com a falta de insumos e a alta da demanda que não foi prevista. Usando os dados do IBGE por base, o Instituto de Estudos para Desenvolvimento Industrial (IEDI) mostra que a produção das fábricas gaúchas em agosto ainda estava 4,9% abaixo de fevereiro, mês anterior à pandemia e seus efeitos na economia. É a quinta maior perda do país, mas o Rio Grande do Sul já esteve pior colocado nesse ranking nacional.
Além dos piores desempenhos, alguns parques industriais do país também apresentam perda de dinamismo na recuperação. Esse quadro se concentra na região Sul, aponta o IEDI, mas é mais grave nos casos da Bahia, que praticamente ficou estável em agosto permanecendo 12% abaixo do patamar de fevereiro, e do Espírito Santo, com queda de 2,7% em agosto e 13,6% inferior ao choque da Covid-19.
Entre os que já superaram a pandemia, destacam-se Estados do Norte e Nordeste. É o caso do Amazonas, que está 7,6% acima fevereiro, Ceará (5%) e Pernambuco (0,7%). O Pará também já havia superado este patamar em 5,5%, mas a pandemia pouco afetou seu ritmo de produção industrial, que é muito concentrada no setor extrativo. Completam a lista de casos positivos, as indústrias de Minas Gerais (2,6%) e de Goiás (3,9%).
Colunista Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Colaborou Daniel Giussani (daniel.giussani@zerohora.com.br)
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