Fornecedora de uma matéria-prima chamada de "não tecidos" (TNT) para produção de fraldas e absorventes, a Fitesa adaptou as suas linhas de produção para fazer insumos para confecção de máscaras e roupas médicas. A decisão, claro, visa suprir a disparada na demanda - e consequente falta - de equipamentos de proteção individuais (EPIs) necessários ao trabalho de equipes médicas no combate à covid-19.
O ajuste permitirá direcionar 850 toneladas de capacidade produtiva para atender o segmento. Isso será suficiente para 40 milhões de máscaras cirúrgicas ou respiradores N95 e 8 milhões de aventais médicos por mês.
- A equipe trabalhou dia e noite nos últimos 15 dias para modificar os equipamentos e processos, aumentando a capacidade e disponibilidade - ressalta Silverio Baranzano, presidente da Fitesa.
Até então, o mercado médico de descartáveis representa apenas 1% das vendas mundiais da empresa e menos de 7% no Brasil. Com atuação global, a Fitesa tem unidade produtiva em Gravataí, na região metropolitana de Porto Alegre. Além disso, possui quatro centros de inovação.
Doações
Além da mudança na produção, a Fitesa doou para a Santa Casa de Porto Alegre 3,5 mil aventais cirúrgicos, 1 mil óculos de segurança e 1 mil protetores faciais. Mais 1 milhão de máscaras serão destinadas a profissionais de saúde do Rio Grande do Sul nas próximas semanas.
A empresa
A Fitesa tem com sede em Porto Alegre e foi fundada em 1973. É controlada pela Évora S.A., holding da Família Ling. A empresa possui 16 unidades produtivas em 10 países: Brasil, Peru, México, Itália, Suécia, Alemanha, Estados Unidos, Emirados Árabes, Tailândia e China. Atualmente, empresa 2.053 pessoas, sendo que 506 atuam nas três fábricas que ficam no Brasil.
Colunista Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Colaborou Daniel Giussani (daniel.giussani@zerohora.com.br)
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