Porto Alegre fechou fevereiro com deflação de 0,22% e foi a mais intensa entre as sete capitais pesquisadas pela Fundação Getúlio Vargas. O Índice de Preços ao Consumidor (IPC-S) ficou negativo também em Brasília, Belo Horizonte e Recife.
A inflação de Porto Alegre tinha ficado em 0,73% em janeiro, ainda sob o efeito da alta no preço da carne iniciada no último trimestre de 2019. No entanto, esse feito foi se dissipando ao longo de fevereiro.
A principal pressão para baixo veio da queda na conta de luz, já que a bandeira tarifária do mês foi verde, ou seja, sem cobrança extra por consumo. Além disso, houve redução de preços da gasolina. Os postos até aumentaram valores pouco antes do Carnaval, mas voltaram a reduzi-lo depois, dissipando o impacto na pesquisa de inflação.
Variações negativas em 30 dias que mais pesaram no cálculo da FGV:
Tarifa de eletricidade residencial -2,54%
Gasolina -1,70%
Passagem aérea -10,46%
Alcatra -11,8%
Cerveja -3,91%
Para ter um parâmetro mais estável de inflação, observa-se um prazo mais longo. Em 12 meses, o IPC-S de Porto Alegre fica acumulado em +3,69%. É considerado um índice baixo, inferior à meta de inflação para o país no ano e perdeu o ritmo de alta que vinha apresentando nos últimos meses.
Colunista Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Colaborou Daniel Giussani (daniel.giussani@zerohora.com.br)
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