A crise do coronavírus trouxe impactos para praticamente toda a economia, mas acertou em cheio as indústrias de chocolate. A coluna conversou com o presidente da Associação de Indústrias e Chocolate de Gramado (Achoco), Jaderson de Souza. Segundo ele, de todo chocolate já produzido para a Páscoa deste ano, apenas 15% será vendido conforme o planejado.
No momento, as fábricas estão fechadas e a produção, paralisada. Cerca de 85% ficará para depois da Páscoa, estima Souza.
- Isso dá cerca de 1,2 mil toneladas de chocolate. Muitos de nós vendemos chocolate não somente em Gramado, mas também em feiras, em shoppings. Como está tudo parado, nosso setor está sendo bem sacrificado - comenta o presidente da Achoco.
O chocolate produzido para a Páscoa deste ano foi feito em dezembro, antes da crise. Não há ainda cálculos do tamanho do prejuízo, mas o presidente da Achoco já projeta a dificuldade da retomada.
- O chocolate de Gramado é produzido sem gorduras alternativas que não a manteiga de cacau, com cacau cujo preço na bolsa é em dólar. Ou seja, nosso recomeço também será difícil - referindo-se à disparada da cotação da moeda norte-americana nas últimas semanas.
Mesmo assim, o executivo admite que o setor precisa encontrar alternativas, ser otimista e acredita que pode sair desta situação mais fortalecido. As empresas aderiram à entrega direta para os clientes, para que mais produtos possam ser vendidos.
- A Achoco está promovendo uma campanha dento das nossas cidades onde as pessoas podem se informar como conseguir os produtos. Nas páginas digitais das empresas, tem como proceder com a compra online. Todas as empresas aderiram às vendas online.
Interessados podem comprar e saber mais pelos links abaixo. Os preços variam, ovos de chocolate de 250g podem ser encontrados por R$ 31, por exemplo. Há opções mais baratas, como barras ou chocolates menores. Confira:
Colunista Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Colaborou Daniel Giussani (daniel.giussani@zerohora.com.br)
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