Apesar da redução na refinaria, os postos de combustível do Rio Grande do Sul informam que distribuidoras estão aumentando os preços da gasolina na hora de repassar para as revendas. Quem relata a situação para a coluna é João Carlos Dal'Aqua, presidente do Sulpetro-RS, sindicato que representa os postos no Estado. Segundo ele, algumas empresas estão praticando elevações de dois a três centavos.
— As empresas não repassaram a redução da refinaria nem terça e nem quarta-feira, alegando aumento do etanol e de custos logísticos. E hoje, algumas empresas aumentaram preços usando como argumento a elevação do preço de pauta do ICMS no Rio Grande do Sul — detalhou o executivo.
Na terça (14), entraram em vigor as reduções de preço da gasolina e do diesel nas refinarias, determinadas pela Petrobras. Só que nesta quinta (16), passaram a valer os preços de pauta mais altos aqui no Rio Grande do Sul, sobre os quais é calculada a alíquota de ICMS a ser recolhida pelas empresas.
— Inicialmente, pensávamos que a redução da Petrobras poderia anular a elevação na cobrança do ICMS, que já estava prevista. Isto não aconteceu — complementa o presidente do Sulpetro.
Sobre o etanol, o combustível precisa obrigatoriamente ser adicionado à gasolina. Ele vem subindo desde o último trimestre do ano passado nas usinas do Sudeste e Centro-Oeste do país, de onde o mercado gaúcho compra a substância.
A coluna tenta contato por telefone e por e-mail com o Sindicom, entidade que representa as distribuidoras de combustíveis. Ainda não obteve retorno.
A última pesquisa da Agência Nacional do Petróleo apontou o litro da gasolina comum custando, em média, R$ 4,76 no Rio Grande do Sul. Ficou estável nas últimas duas semanas. A ANP encontrou valores entre R$ 4,34, em Passo Fundo, e R$ 5,46, em Bagé.
Colunista Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Colaborou Daniel Giussani (daniel.giussani@zerohora.com.br)
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