Outubro foi o terceiro mês consecutivo com deflação na região metropolitana de Porto Alegre. Considerado o indicador oficial do país, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) ficou em -0,01%. É divulgado mensalmente pelo IBGE e, no país, ficou em +0,10% no mês.
Apesar de negativo, foi menos intenso do que nos meses anteriores. Em agosto e setembro, o IPCA ficou em -0,04%. Desta vez, o IBGE não fez destaques de variações de preços em Porto Alegre, mas a Fundação Getúlio Vargas faz um cálculo paralelo de inflação para o consumidor e identificou o que teve maior influência de queda:
Conta de luz -2,27% (devido à bandeira amarelo, com cobrança extra menor)
Cebola -23,18%
Batata -10,85%
Mamão papaya -24,63%
Carne moída -2,47
Para observar a inflação de longo prazo, é bom considerar o acumulado de 12 meses. Nesta comparação, o IPCA é de 2,25% na região metropolitana de Porto Alegre. É baixo, lembrando que o centro da meta do governo federal para 2019 é de 4,25% para o país.
Lembrando que nem sempre deflação é algo bom. Embutida nesse indicador, está a economia fraca. Isso porque a demanda menor por produtos e serviços faz com que os preços fiquem pressionados, não havendo reajustes mesmo quando há elevação de custos, para não espantar o consumidor que já está com o orçamento apertado.
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INPC
O IBGE também calcula o INPC, que considera o orçamento de famílias com renda de até seis salário mínimos e é usado para negociações salariais dos trabalhadores. Ele está ainda menor aqui no Rio Grande do Sul. Em outubro, a deflação foi de 0,11% e, no acumulado de 12 meses, o indicador fica em +2,17% apenas.
Colunista Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Colaborou Daniel Giussani (daniel.giussani@zerohora.com.br)
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