Considerado uma prévia da inflação oficial do país, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) veio zerado para a região metropolitana de Porto Alegre. O indicador é sempre divulgado pouco depois da metade do mês e considera a variação de preços dos 30 dias anteriores.
Nos meses fechados de setembro e agosto, a região teve deflação: Região metropolitana de Porto Alegre tem deflação pelo segundo mês consecutivo
A pequisa registrou queda na conta de luz. O IBGE lembra que a cobrança da bandeira tarifária ficou menor:
"Cabe destacar que, em outubro, passou a vigorar a bandeira tarifária amarela, em que há cobrança adicional de R$ 1,50 a cada 100 quilowatts-hora consumidos. Em setembro, estava em vigor a bandeira vermelha patamar 1, em que a cobrança adicional é de R$ 4,00 a cada 100 quilowatts-hora", diz a análise do instituto.
O IBGE divulga também o acumulado de 12 meses, que é a inflação de longo prazo e elimina efeitos sazonais. Com o último resultado, o IPCA-15 ficou em 2,72% nessa comparação, igual à média nacional e bem abaixo da meta do governo federal para a inflação em 2019.
A Fundação Getúlio Vargas também tem um índice paralelo de inflação. O Índice de Preços ao Consumidor está com variação de 0,02% nos últimos 30 dias em Porto Alegre. Alimentos registram a maior queda de preços (-0,37%), enquanto vestuário tem a maior alta (+0,69%).
Nacional
Na média nacional, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA-15) ficou em 0,09% em outubro. Este é o menor resultado para um mês desde 1998, quando a taxa foi de 0,01%. No ano, o IPCA-15 acumula alta de 2,69% e, em 12 meses, de 2,72%, segundo os resultados divulgados hoje pelo IBGE.
Os gastos com saúde e cuidados pessoais estão pesando mais no bolso dos brasileiros. O grupo teve a maior variação (0,85%) e o maior impacto. Por outro lado, o grupo alimentação e bebidas teve deflação (-0,25%) resultante da queda de 0,38% nos preços de alimentação no domicílio. As maiores taxas negativas foram dos tubérculos, raízes e legumes, que vêm caindo nos últimos meses, com destaque para a cebola (-17,65%), a batata-inglesa (-14,00%) e o tomate (-6,10%). Já os preços das carnes subiram 0,59%, depois de queda de 0,38% em setembro.
Colunista Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Colaborou Daniel Giussani (daniel.giussani@zerohora.com.br)
Siga Giane Guerra no Facebook
Leia aqui outras notícias da colunista