Sinal amarelo quase vermelho na economia brasileira. O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) veio negativo no segundo trimestre, o que indica que o país pode voltar à recessão técnica, caracterizada quando temos dois trimestres consecutivos de PIB negativo. Conhecido também como prévia do PIB, o IBC-Br apontou recuo de 0,13% sobre os primeiros três meses do ano. Sendo que o PIB do primeiro trimestre tinha encolhido 0,2%.
O Produto Interno Bruto é o principal indicador da economia brasileira. É divulgado trimestralmente pelo IBGE e será conhecido no dia 29 de agosto. Tem uma metodologia diferente do indicador do Banco Central, que não considera algumas atividade importantes da economia na sua totalidade. No entanto, o IBC-Br é um termômetro sim.
— Não dá pra descartar. Se não for recessão, é estabilidade em relação ao primeiro trimestre. Ou um crescimento muito, mas muito pequeno. A safra de indicadores de junho não veio boa — comenta o economista da CDL Porto Alegre, Oscar Frank, referindo-se ao desempenho dos setores de serviços, indústria e varejo, com resultados ruins divulgados nas últimas semanas pelo IBGE.
Tivemos mais um primeiro semestre de frustração na expectativa de retomada da economia. A dúvida agora é se isso ficará restrito aos primeiros seis meses do ano ou continuará. Medidas de curto prazo prometem alívio, como a liberação do dinheiro do FGTS e do PIS/Pasep.
Em um prazo mais longo e com efeito na confiança, há ainda a expectativa de reflexo positivo do andamento da reforma da Previdência, que partiu para o Senado, e até das discussões para a reforma tributária. Em outra ponta, há a probabilidade forte de novos cortes na taxa de juro Selic pelo Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom).