A construção civil tem a maior rotatividade de trabalhadores no Rio Grande do Sul: 4,72%. Em junho, por exemplo, a cada 100 pessoas trabalhando em empresas do setor, praticamente cinco foram trocadas.
O Índice de Rotatividade da Mão de Obra CDL-POA foi criado pela Câmara de Dirigentes Lojistas de Porto Alegre. A entidade representa o varejo, que tem um índice de 3,7%. É o menor para o mês desde 2007, quando começam os dados usados pela entidade para calcular o indicador.
É ruim quando a rotatividade é alta porque há um custo para contratar e treinar o funcionários. Mas também é complicado quando é pequena demais, analisa o economista-chefe da CDL Porto Alegre, Oscar Frank:
— Você já teve problemas ao ser atendido em alguma loja ou estabelecimento? Isso pode ser reflexo de uma elevada rotatividade do trabalho naquela empresa, que faz com que a constante reestruturação da equipe impacte na prestação do serviço. Hoje, no entanto, um dos impactos do mercado de trabalho desaquecido é a diminuição da rotatividade, fruto das oportunidades de emprego reduzidas. Rotatividade muito baixa do trabalho também não é boa para a economia, uma vez que é salutar a procura da mão de obra por funções para as quais os trabalhadores são mais produtivos.
A média do Rio Grande do Sul considerando todos os setores aponta para um Índice de Rotatividade de 2,68%. Veja a tabela completa: