A economia brasileira atingiu, em novembro de 2018, o maior patamar desde junho de 2015. Chamado de prévia do PIB, o Índice de Atividade Econômica do Banco Central ficou em 139,70 pontos.
O IBC-Br teve uma alta de 0,29% sobre outubro. São considerados os desempenhos dos principais setores da economia. A indústria elevou produção em 0,1%, o varejo vendeu 2,9% mais com a Black Friday e o setor de serviços ficou estagnado, com 0% de variação.
Além disso, o IBC-Br avançou 1,86% na comparação com novembro de 2017. Veio um pouco acima do esperado pelo mercado.
Economista-chefe da CDL Porto Alegre, Oscar Frank pondera, no entanto, que a economia ainda está 6,1% abaixo do pico da série histórica. O nível mais alto foi alcançado em dezembro de 2013. E ainda faz uma projeção:
— Se crescermos a partir de dezembro de 2018, em média, 0,2% a cada mês - ou 2,43% em termos anualizados -, ultrapassaremos o pico da série histórica somente em julho de 2021. Isso nos remete ao tamanho do desafio a ser enfrentado somente para recuperarmos o nível já alcançado no passado de atividade econômica — detalha Frank.
E faz outra previsão:
— Se a taxa média ao mês for de 0,25% - 3,04% em termos anualizados -, anteciparíamos a ultrapassagem do pico para outubro de 2020. Daí, a importância de acelerarmos as taxas de crescimento econômico mediante as reformas estruturais — conclui o economista.
O acumulado de 12 meses ficou em 1,44%. A aposta do mercado é que o PIB feche 2018 com crescimento de 1,3%.