Após atingir recorde no dia 25 de setembro, a Petrobras iniciou a redução no preço da gasolina nas refinarias. Desde então, o litro do combustível teve um corte de R$ 0,1875. A partir desta terça-feira (23), passou a custar R$ 2,0639, que é o menor valor desde agosto.
A política de preços da Petrobras considera cotações internacionais do petróleo, câmbio e custos para importar produtos. Em setembro, ela sofreu uma alteração, tornando os ajustes menos frequentes.
Antes de chegar no consumidor, o combustível ainda passa pelas distribuidoras e postos de combustível. Nestes pontos, o preço não é tabelado e nem definido pela Petrobras.
A pesquisa da Agência Nacional do Petróleo mostrou que o preço começou a cair nas distribuidoras somente na semana passada. A redução foi de R$ 0,034 em média por litro de gasolina comum, que passou a custar R$ 4,431. Ainda fica acima dos R$ 4,424 de um mês atrás.
Já nos postos, o preço segue subindo. O levantamento da ANP apontou média de R$ 4,923 por litro. O preço é R$ 0,111 acima de um mês atrás, quando foi iniciada a redução pela Petrobras. Em 23 de setembro, a gasolina custava R$ 4,812 na bomba em Porto Alegre.
Na média de todo o Rio Grande do Sul, o comportamento é semelhante. O litro na distribuidora caiu um pouco na última semana, passando para R$ 4,456, mas ainda fica acima de um mês atrás. Nos postos, a gasolina segue subindo. Atingiu R$ 4,953, que é R$ 0,09 acima de quatro semanas atrás.
A coluna já pediu um posicionamento do Sulpetro, que enviou a seguinte nota:
"O Sulpetro destaca que, conforme levantamento da ANP, de janeiro a outubro deste ano, a gasolina aumentou 19% nas refinarias, 12% nas distribuidoras e 10% nos postos.
Além disso, nos últimos 90 dias, o anidro aumentou 22,79% (de 1º de julho a 1º de outubro) e, nos últimos 30 dias, ocorreu elevação de 8,28%. Segundo as distribuidoras de combustíveis, esse aumento deve-se ao período de entressafra da cana de açúcar. Mas percebe-se uma movimentação das companhias e, consequentemente, dos postos para reduções, explica o presidente do Sulpetro, João Carlos Dal’Aqua. Ele destaca ainda que o mercado é extremamente competitivo e cabe a cada revendedor definir suas políticas de preços, com base em suas condições de compras junto às distribuidoras."