O Rio Grande do Sul começou o semestre com 475,2 mil idosos inadimplentes, ou seja, já com as contas atrasadas. O levantamento é da Serasa Experian, o que significa que os CPFs destas pessoas estão no banco de dados de restrição de crédito, o que afeta inclusive novo consumo.
O Rio Grande do Sul representa 5,4% do total do país, que soma 8,8 milhões de pessoas nesta situação. As dívidas atrasadas superam R$ 41 bilhões no Brasil, sendo um valor médio de R$ 4.668 por dívida.
Em julho do ano passado, a pesquisa identificou 416 mil inadimplentes com mais de 61 anos no Rio Grande do Sul. No país todo, eram 8 milhões aproximadamente. Apesar de não ser a mais elevada entre as faixas etárias, a inadimplência entre os idosos foi a que mais cresceu nos últimos dois anos.
Perfil das dívidas
Os dados apurados pela Serasa Experian em julho de 2018 revelam um comportamento de inadimplência entre os idosos diferente do padrão de dívidas em atraso que prevalece entre os adultos mais jovens no país. As contas que não foram pagas são básicas, como água, energia e gás (34,30%). Em seguida, aparecem as pendências com bancos e cartões (27,80%), telefonia (10,70%), financeiras e leasing (9,00%), varejo (7,40%) e serviços (6%).
Na avaliação dos economistas da Serasa, com a reversão da recessão em ritmo mais lento do que o esperado, um número maior de aposentados ou pensionistas com mais de 61 anos passou a ajudar o orçamento da família ao usar empréstimos consignados. A renda cai comprometida com esse tipo de dívida, o que leva o idoso a abrir mão da regularidade no pagamento de outras despesas fixas do mês, como as contas de luz, água e gás.