A coluna Acerto de Contas provocou ouvintes e leitores no final de semana a contarem onde já sentiram impacto da alta do dólar. Seja nos negócios, seja no consumo próprio.
Abaixo, algumas das respostas mais interessantes deixadas na postagem no Facebook:
Vice-presidente da Associação Gaúcha para Desenvolvimento do Varejo, Sérgio Galbinki:
"Um fornecedor e importador mandou mensagem perguntando se eu queria fazer algum pedido antes que ele reajuste a tabela de sombrinhas em até 15%. A Casa Louro importa as Blusas Burma do Uruguai. A importação de inverno foi feita em março, quando o dólar valia aproximadamente R$ 3,30. Os valores de venda foram calculados nesta época e, como não foi feita nova importação, o preço não foi reajustado. Vamos tentar renegociar os valores em dólar para a próxima importação."
Gerson Holz:
"Aqui na Perfumes de Luxo notamos um pequeno ajuste em alguns produtos pontuais. Para exemplificar, um produto que era vendido a R$ 469 passou a R$ 479. Mas foram poucos produtos. Como já te comentei em outras oportunidades, o dólar alto, no nosso mercado, representa um incremento de negócios em virtude do proximidade que temos com a fronteira aqui no Rio Grande do Sul. O cliente que buscava perfumes importados na fronteira, coloca na ponta do lápis e hoje compra aqui conosco."
Barão de Andrade:
"Muito impacto, redução na compra das moedas para viagens. As pessoas estão cancelando e comprando menos. Sem erro, a venda de moedas caiu 40%."
Lucas Rech:
"Sou sócio da Câmbio Ideal e percebemos uma redução significativa no volume de vendas de papel moeda. Muitos clientes estão deixando para comprar em cima da hora e outros estão adiando suas viagens."
Jonatas JohnJohn:
"Tenho uma empresa de locação de máquinas médicas e a reposição de peças ficou absurda! Componentes para a máquina chegam com a diferença de até 12%! Membranas, usadas para a criolipólise, chegaram a subir 17%! Sem contar transporte com aumento da gasolina."
Erone Stoffel:
"Grande parte dos produtos comercializados na minha loja, Papelaria Stoffel de Nova Petrópolis, são importados. Alguns importadores já sinalizaram com possíveis futuros ajustes! Canetinha, lápis de cor que nossos filhos usam, clips, grampeador... quase tudo é importado. Não falam em números ainda, mas acredito em algo entre 5% e 10% para a próxima safra de material escolar."
Gelson Silva:
"Tenho uma pequena oficina de bicicletas e 70% do que vendo é importado. Se o dólar voltar ao patamar de antes do período eleitoral, não terei problemas porque meu fornecedor tem um estoque gigantesco."
Jeferson Torres:
"Semana passada, estive em Rivera. Fui empolgado e voltei apenas com alfajores. Acho que respondi tua pergunta..."