Apesar da greve dos caminhoneiros, o volume de vendas do varejo do Rio Grande do Sul cresceu 0,1% em maio. É uma alta pequena, sendo quase uma estabilidade. O crescimento ocorre sobre abril, que teve queda de 1,5% nas vendas. Em relação ao ano passado, o avanço foi de 6,4%.
No país, as vendas caíram 0,6% em maio sobre abril. Na relação com o mesmo mês do ano passado, avanço de 2,7%.
Os dados citados até agora se referem ao que o IBGE chama de varejo restrito. O indicador do varejo ampliado inclui as lojas veículos e materiais de construção e aí a situação muda.
No caso do material de construção, a venda caiu 6,7%. Já a comercialização de veículos, motocicletas, partes e peças caiu 1,6%:
"Esse resultado foi influenciado pela dificuldade no abastecimento de veículos, já prontos para entrega, devido à greve dos caminhoneiros, que durou oito dias úteis." - diz o IBGE sobre a queda na venda de veículos.
Considerando o varejo ampliado, o Rio Grande do Sul teve queda de 2,4% sobre abril, que foi ainda mais intensa na média brasileira. Só que ainda teve um avanço de 3,6% sobre maio de 2017.
Os analistas já esperavam que o varejo tivesse impacto menor do que o tombo da indústria, sustentado pelos estoques das lojas. Houve também um crescimento na venda de roupas e calçados no Rio Grande do Sul 12,6%. Apesar da greve, maio foi o mês em que o frio finalmente chegou, tanto que abriu tinha registrado queda de 22,8% no segmento.
Como esperado, supermercados também tiveram aumento de vendas, com avanço de 5,4% sobre maio de 2017. Aproximadamente na metade da greve, consumidores correram para fazer estoques com medo de desabastecimento.
Ainda dentro do chamado varejo restrito, o segmento de Livros, jornais, revistas e papelaria tiveram queda de 19,6%. O recuo ocorre após um mês de alta.