Pergunta frequente feita por leitores do Acerto de ContaS e ouvintes da Rádio Gaúcha:
“Qual o melhor investimento para o meu dinheiro?”
Assim, é praticamente impossível responder. Há muitas aplicações financeiras no mercado.
O investidor precisa, antes, definir alguns critérios. Com ajuda do consultor financeiro Felipe Mahler, da Monte Bravo Investimentos, elaboramos algumas perguntas que devem ser respondidas para definir com mais clareza o investimento:
1 – Qual o objetivo? - O mais importante. A pergunta é: O que o investidor pretende fazer com esse dinheiro? Usar para emergências? Uma viagem? Comprar a casa própria? Aposentadoria? Saber o objetivo é importante para definir o próximo critério: prazo.
2 – Prazo? - Por quanto tempo o dinheiro pode ficar na aplicação financeira? É essencial para definir qual aplicação. Algumas cobram taxas elevadas de Imposto de Renda para aplicações de curto prazo. Lembrando que “longo prazo” é acima de cinco anos. Quando o dinheiro pode ficar parado por mais tempo, o investidor pode enfrentar mais oscilações porque não corre o risco de precisar sacar correndo em um momento de desvalorização.
3 – Perfil? - Mahler enfatiza muito este critério. Qual o perfil do investidor? É mais conservador ou aceita correr algum risco? Tem apetite maior ou menos por rendimentos? O cruzamento destas informações define o perfil e como ficará dividida a carteira de investimentos, o que significa qual a fatia do dinheiro vai para qual aplicação financeira. Terá ações em bolsa? Investimento em câmbio? Por aí…
4 – Aporte inicial? - Quanto o investidor tem para começar a aplicar. Tesouro Direto aceita a partir de R$ 30. Outros investimentos exigem um aporte inicial maior. Fundos de investimento com taxas de administração mais baixa têm quantia inicial mínima. Também serve para definir se será possível dividir o dinheiro em mais de uma aplicação. Diversificar os investimentos reduz riscos.
Mais algumas observações do Felipe Mahler:
Liquidez:
- Por exemplo, uma pessoa que tem o hábito de poupar mantém em média de 10% a 20% com liquidez rápida. Ou seja, consegue ter acesso ao investimento em um dia por exemplo. O restante, em prazos mais longos.
Liquidez é poder sacar o dinheiro a qualquer momento sem depender da avaliação do mercado no momento ou pagamento de multas e outras taxas por isso.
Rentabilidade X Liquidez:
- Uma coisa o poupador tem que ter em mente: a relação rentabilidade X liquidez é uma gangorra. Quanto mais disponibilidade temos, menor será a rentabilidade deste investimento.
Risco:
- Não podemos esquecer de um ponto muito importante: em investimentos e na vida, tudo que é confortável raramente é rentável.