Consórcio vale a pena? A dúvida é frequente por parte dos leitores e ouvintes do Acerto de Contas. Sabe-se que não existe almoço grátis.
O consórcio tem um custo. Por mais que o anúncio diga que não há cobrança de juros, não deixa de ser um empréstimo e tem a taxa de administração, que pode ficar em torno de 20%.
A coluna perguntou, então, para a planejadora financeira Letícia Carmargo se ela indica para seus clientes, em alguma situação, que façam um consórcio. Ela respondeu que apenas em duas situações, que consideram fatores comportamentais que nem sempre levam a opções racionais. São elas:
Descontrole financeiro - Quando o cliente não consegue guardar dinheiro de jeito algum. No entanto, se tiver um boleto na mão, paga antes de gastar o dinheiro com outras coisas. O boleto do consórcio é, então, uma forma de guardar o dinheiro.
Troca de carro - Se a pessoa já tem um carro e não precisa trocar tão rápido. Pode esperar um ou dois anos, por exemplo. O consórcio sai mais barato que um financiamento, diz a planejadora financeira.
Lembrando, é claro, que o ideal é sempre economizar antes para comprar o bem. Assim, não paga juros ou taxas e ainda consegue barganhar um desconto na hora da aquisição porque tem o dinheiro na mão. Toda antecipação de consumo tem um custo.
Assista ao vídeo em que Letícia Carmargo tira dúvidas de leitores sobre finanças pessoais: