
Enquanto você tenta entender como o café chegou a quase 30 reais, o Congresso aprovou, em poucos minutos, o Orçamento de 2025, que estava três meses atrasado. Nada de pressa até chegar a parte das emendas: R$ 60 bilhões garantidos para irrigar alianças, empurrar obras invisíveis e manter os mesmos de sempre no poder. Planejamento? Nenhum. Mas a festa, essa sim, está muito bem organizada.
É um orçamento que esconde o que deveria mostrar e promete o que não pode cumprir. Não há detalhes sobre onde será asfaltado, quanto vai para moradia ou quando alguma coisa será feita. Mas tem espaço de sobra para o jogo político. A conta, como sempre, fica pro contribuinte pagar — inclusive com juros, inflação e desistência.
Na coluna deste sábado (21) em Zero Hora, falo sobre o orçamento que soma o que não entra, subtrai o que não quer pagar e multiplica o que não devia ser distribuído. E sobre como, enquanto a população briga na internet por político de estimação, todos eles jantam juntos em Brasília. Você também pode conferir meu comentário no Gaúcha Hoje sobre o tema.