
Finalizada a Copa do Mundo do Catar, com o título mundial da Argentina, a Fifa agora começa a preparar decisões importantes, que vão agitar o futebol mundial, tanto de clubes como de seleções. Em Doha, tive oportunidade de acompanhar a repercussão do congresso da entidade, e selecionei quatro pontos importantes que terão grande repercussão:
1- Anúncio da fórmula da Copa do Mundo de 2026
Será a primeira Copa com 48 seleções. A tendência é de confirmação de 12 grupos com 4 seleções. Com este formato, se classificam os dois primeiros colocados de cada grupo e os oito melhores terceiros colocados. Desta maneira, a fase eliminatória terá uma etapa a mais em relação ao modelo atual. O total de jogos passa de 64 para 104 jogos. A estimativa de receita da Fifa para o ciclo da Copa sobe de US$ 7,5 bilhões para US$ 11 bilhões.
2- Confirmação do Mundial de Clubes de 2025
Gianni Infantino, presidente da Fifa, garante que a super competição vai sair, mesmo com a ameaça de boicote dos europeus. A promessa dele é uma “Copa do Mundo de clubes” com a mesma fórmula da Copa do Mundo de seleções de 2022, com premiação milionária para as equipes. A América do Sul deverá ter pelo menos 7 clubes, mas o critério de participação não está definido. O objetivo da Fifa é realizar o Mundial a cada quatro anos.
3- Mudança no formato dos amistosos de seleções
A Fifa deseja, a partir de 2024, realizar minitorneios com quatro seleções de diferentes continentes, forçando o enfrentamento de equipes que normalmente não jogam entre si. Desta maneira, a Seleção Brasileira teria a oportunidade de atuar contra europeus. O plano é fazer estes jogos a cada dois anos, sempre na data Fifa de março.
4- Escolha da sede da Copa do Mundo de 2030
O anúncio será feito em 2024. A candidatura da América do Sul, com Argentina, Uruguai, Chile e Paraguai surgiu como favorita, com o objetivo de celebrar o centenário da Copa, pois o primeiro Mundial foi realizado em 1930, no Uruguai. Mas a candidatura da Europa, que inicialmente tinha Espanha e Portugal, e agora teve o acréscimo da Ucrânia, ganhou força. Com a Ucrânia, se reforça a ideia da reconstrução de um país afetado pela guerra. O cenário é considerado indefinido sobre quem deverá levar a disputa.