A declaração do torcedor colorado Elusmar Maggi, que revelou que pretende "injetar dinheiro no São Paulo" para ajudar o Inter a ser campeão brasileiro, teve uma repercussão enorme na noite de domingo (21). Isto porque, se o clube paulista ganhar ou empatar diante do Flamengo, o time de Abel Braga levanta o troféu se vencer o Corinthians na quinta-feira.
O debate sobre o pagamento de bicho extra para outro time vencer uma partida é antigo. O que se discute é se isto é algo ético ou não. Afinal, esta recompensa não é destinada para a sua equipe.
Mas, nos bastidores do mundo da bola, isso é considerado algo normal. E acontece com grande frequência. O dinheiro extra para vencer uma partida é normalmente festejado pelos atletas.
Eu já ouvi da boca de vários jogadores, de diferentes times, como o bicho extra é importante no futebol. Muitos destes atletas guardam todo o salário, com investimentos para o futuro, e vivem com o dinheiro da premiação para as despesas mensais.
Sobre valores, até é possível projetar quanto Elusmar terá de gastar na última rodada do Campeonato Brasileiro. No futebol, um bom "bicho" para uma partida de grande importância é algo em torno de R$ 40 mil para cada jogador. É claro que não é assim para todos os jogos, apenas para momentos realmente especiais, como clássicos ou confrontos decisivos.
Nesta conta, além dos titulares, entram os reservas e equipe de apoio, como massagistas e seguranças. Estes recebem um valor menor. Mas, para realmente fazer efeito, a quantia total deverá ficar perto de R$ 1 milhão. Exatamente o que foi gasto para pagar a multa que garantiu a escalação de Rodinei contra o Flamengo.
É importante ressaltar que é óbvio que o São Paulo pode vencer o Flamengo sem a necessidade de premiação. Agora, é impossível negar que esta é uma questão que faz parte da realidade do futebol.
E podem ter certeza que o bicho extra de Inter e Grêmio, para os seus jogadores, em caso dos títulos do Campeonato Brasileiro e Copa do Brasil, será milionário.
