A carreira de Nilmar está terminando. Aos poucos. Sem alarde, sem entrevistas e sem jogo de despedida. Mas está terminando. Aos 34 anos, o atacante que entrou para a história do Inter com o gol do título da Copa Sul-Americana de 2008, contra o Estudiantes, no Beira-Rio, está com outros objetivos de vida. Neste momento, ele entende que o mais importante é aproveitar a vida ao lado da família.
O fato é que está ficando para trás a rotina pesada de viagens, treinos físicos desgastantes, concentração e cobranças táticas dos treinadores. Aliás, esta combinação cobrou um preço alto, com a depressão no segundo semestre de 2017, quando acertou a sua saída do Santos, seu último clube. Hoje, Nilmar está recuperado, mas o que comenta com amigos, especialmente no Inter, é que não pretende voltar a jogar.
A decisão não está anunciada de forma pública. O atacante, na última entrevista que deu, em setembro de 2018, no Beira-Rio, falou que até sente saudades de jogar futebol, mas que vive um outro momento.
O certo é que mesmo parando cedo, Nilmar conseguiu muita coisa. No seu currículo, título mundial sub-20, campeão da Copa das Confederações com a Seleção Brasileira, disputou a Copa do Mundo de 2010, foi campeão brasileiro, francês e da Copa Sul-Americana. Foi artilheiro da Libertadores e teve gol indicado ao Prêmio Puskas. Conquistou tudo isso jogando por Inter, Lyon (França), Corinthians, Villareal (Espanha), Al Rayyan (Catar), Al Jaish (Catar), Al Nasr (Emirados Árabes) e Santos.
A última vez que ele esteve em campo profissionalmente foi em junho de 2017, pelo Santos. Na Vila Belmiro, foram apenas duas partidas. Aliás, foram os únicos dois jogos disputados desde maio de 2016, quando estava no Al Nasr.
Aos poucos, a carreira está terminando. Uma carreira vitoriosa, de um profissional exemplar. Ainda não é oficial, mas está perto disso.