Uma das qualidades do presidente Romildo Bolzan é ser transparente com as questões que envolvem o Grêmio. Dentro do possível, ele trata abertamente de temas importantes e que interessam ao torcedor. Em uma entrevista recente que tive oportunidade de fazer, ele falou sobre diversas situações fundamentais para a vida do clube.
Uma delas, as renovações de contrato. No futebol, se trabalha com planejamento. Isso é básico. Mesmo com uma final de Libertadores pela frente é preciso também pensar em 2018. Por isso Luan assinou a renovação dentro da concentração no dia do jogo contra o Barcelona. O mundo da bola é assim. Quem planeja antes, larga na frente.
Voltando à entrevista, que foi feita na recepção do Hotel Hilton em Guayaquil, antes da primeira semifinal, perguntei direto para o presidente: É possível renovar com 100% dos jogadores que tem o contrato terminando agora em dezembro? A resposta foi clara e direta: "Impossível".
A explicação é muito simples. O clube precisou dar um considerável aumento salarial para manter vários atletas importantes. O primeiro foi Geromel, que teve o contrato alterado e foi valorizado. Depois Arthur renovou. Na semana passada foi a vez de Luan, que passou a ganhar quase o triplo do salário anterior. Além disso, Léo Moura e Kannemann também receberam aumento. Os próximos da lista são Cortez e Michel.
Tudo isso elevou e muito a folha salarial do Grêmio. É preciso estabelecer um limite. Justamente por isso o grupo de jogadores terá algumas alterações para 2018. E esse processo está em andamento. Não é coincidência o fato de Fernandinho e Barrios, dois atletas caros, sequer terem iniciado as tratativas de renovações.