Sai para comprar pão. Na volta, passei pela farmácia. Na porta, vi um rapaz maltrapilho. Era uma dessas figuras que as pessoas atravessam a rua para não chegar perto: 30 e poucos anos, menos talvez, pele e osso, cabelo desgrenhado, calça amarrada à cintura com barbante, calçava no pé direito um tênis encardido, no esquerdo uma havaiana. Devia ser um dos usuários de crack que se instalaram na vizinhança do meu prédio, ao serem expulsos das imediações da esquina da Rua Helvetia, com a Cleveland e da Praça Princesa Izabel, região em que viveram durante anos.
Saúde pública
Opinião
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Nas penitenciárias em que atendo, nunca soube de um homem ou mulher que ficasse um dia sequer sem banho
Drauzio Varella
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