Lances para expulsão, vermelho direto, pênalti e posicionamento. Se dividirmos a atuação da arbitragem na vitória por 2 a 1 do Grêmio contra o Fluminense em quatro tópicos, seriam esses.
Antes de mais nada é preciso dizer que o argentino Dario Herrera foi bem na forma como conduziu o jogo. Foi o típico duelo de Libertadores. Pegado e disputado, mas com bola rolando e nada picotado.
Isso não quer dizer que a arbitragem tenha sido perfeita. É possível elogiar e criticar a arbitragem por decisões tomadas em uma mesma partida.
O grande erro do juiz da Fifa foi não expulsar Paulo Henrique Ganso no lance que gerou o vermelho de Rodrigo Ely. O zagueiro do Grêmio deu um soco no jogador do Fluminense. A decisão final veio a partir de interferência do VAR e foi correta.
O problema é que o árbitro ignorou a ação de Ganso na disputa. O gesto do jogador do Fluminense não foi tão grave e também não justificaria um vermelho direto. O detalhe é que ele já tinha amarelo e deu uma "gravata" no adversário. Merecia ter recebido a segunda advertência depois da análise do monitor.
O jogo teve muitas incidências. O pênalti para o Grêmio foi uma delas. Bem marcado por Herrera no campo e sem a necessidade da ação do VAR. Esquerdinha interceptou cruzamento de Soteldo com o braço na bola dentro da área.
Por fim, faço uma referência ao posicionamento de Dario Herrera. Muitos ouvintes da Gaúcha mandaram questionamentos sobre isso porque o juiz acabou "atrapalhando" Dodi no lance do primeiro gol. De fato, ele estava no lugar errado e na hora errada. Ficou no meio do caminho.
De qualquer modo, além de estar melhor posicionado, não havia nada que ele pudesse ter feito de diferente. O árbitro é neutro para situações assim. Como a bola não bateu nele, segue o jogo.
Vale a ressalva de que Dodi não chegaria a tempo de tomar a bola do adversário, que acionaria Ganso, o qual cruzaria para Lima, livre de marcação, fazer o gol. Ou seja, entre o mau posicionamento do juiz e o gol tem uma distância considerável.