Procurei a CBF em busca de um esclarecimento sobre o protesto feito pelo Inter depois do jogo atrasado contra o Cruzeiro, pelo Brasileirão, nesta quarta (28). A principal alegação do clube gaúcho foi de que recebeu uma nova diretriz de arbitragem horas antes de entrar em campo, sem que houvesse qualquer comunicação prévia. Outra reclamação foi que a medida, determinando que somente o capitão da equipe poderia se dirigir ao árbitro, passaria a valer já para este último duelo.
A entidade me informou que essa orientação já estava valendo desde o começo do Brasileirão, e que os clubes foram comunicados disso na reunião técnica. A diretriz vem da Fifa.
O assunto também foi tratado em uma segunda reunião com os capitães. Os dois encontros ocorreram antes do começo da competição nacional e contaram com representantes do Inter.
Tive acesso ao slide utilizado, segundo a CBF, para tratar do assunto nas duas reuniões. O texto é direto: “os capitães e técnicos são referências para comunicação com a arbitragem”.
Por fim, na última sexta (23), ocorreu uma reunião na sede da CBF com todos os clubes de todas as divisões do futebol brasileiro para discutir questões relacionadas à arbitragem. Durante esse encontro, ficou decidido que, a partir desta semana, em todas as segundas-feiras haverá reuniões para tratar de erros do apito e eventuais insatisfações dos clubes.
Na conversa virtual realizada nesta segunda (26), aberta aos clubes, a CBF garantiu que a diretriz sobre capitães foi compartilhada e também afirmou que Inter não participou do encontro. O único gaúcho com representante foi o Juventude.