Grêmio e Fortaleza fizeram um jogo movimentado para a arbitragem. Houve pênaltis, interferências do VAR, expulsão e até um lance que não representa necessariamente um erro do juiz, mas que poderia ser evitado por uma questão de bom senso.
Começamos pelo lance que mudou a história do jogo e gerou o gol que deu números finais ao confronto, vencido pelo time cearense por 1 a 0. O pênalti de Rodrigo Ely foi bem marcado. O zagueiro do Grêmio saltou com os braços levantados como se fosse um jogador de vôlei em uma ação de bloqueio. Acabou acertando com o braço a bola chutada, de bicicleta, por Tinga.
A infração não foi percebida no campo pelo árbitro João Vitor Gobi, mas o VAR Rodrigo Nunes de Sá recomendou a revisão e a penalidade foi marcada.
Outra interferência correta do árbitro de vídeo foi no pênalti marcado de Nathan Fernandes sobre Machuca. Dessa vez, a infração não aconteceu. O jogador do Grêmio deu um carrinho e foi pisado pelo adversário. O árbitro entendeu que o gremista havia acertado e derrubado o jogador do Fortaleza. O VAR salvou mais uma vez.
Um acerto importante da arbitragem foi a expulsão de Pepê. O volante do Grêmio deu uma entrada violenta no adversário. Acertou o joelho de Martínez com as travas da chuteira. Até não acredito que tenha ocorrido maldade por parte do jogador gremista, mas isso não diminui a gravidade da ação. O lance foi para expulsão direta e foi isso que aconteceu já na decisão de campo.
Por fim, há um lance que merece uma reflexão sobre a leitura de jogo da arbitragem e o bom senso nas decisões de campo. João Vitor Gobi acabou o primeiro tempo no momento em que Gustavo Nunes fazia um drible e cruzava a linha que divide o gramado em um ataque promissor.
O juiz esperou a bola ser afastada, dominada, a vitória pessoal e o avanço do atacante para apitar o final da etapa inicial. Ele não está errado na frieza da regra, pois não há uma proibição de terminar o jogo em uma circunstância como essa. Só que esse tipo de episódio gera uma tensão desnecessária para o jogo.
O ideal seria terminar na hora que a bola fosse afastada ou permitir que o contra-ataque pudesse ser concluído. Ou seja, procurar deixar que a bola estivesse em uma zona que não representasse perigo ou qualquer consequência. O famoso bom senso muitas vezes pode ajudar a arbitragem a conduzir o jogo de maneira mais tranquila.