A vitória por 2 a 1 do Grêmio contra o Caxias, neste sábado (16), na partida de ida da semifinal do Gauchão, foi marcada por uma polêmica de arbitragem. A validação do gol da equipe da Serra causou muita discussão durante e depois do jogo.
É importante contextualizar que o lance foi validado no campo pelo árbitro Roger Goulart, com auxílio do assistente Tiago Kappes Diel. No entanto, o árbitro de vídeo Douglas Silva recomendou a revisão. Por se tratar de uma jogada interpretativa, de possível impedimento, o juiz e o bandeira foram olhar as imagens no monitor à beira do gramado.
O lance em questão tem o centroavante Álvaro em posição de impedimento no momento de uma cobrança de falta para a grande área. Depois disso, o camisa 9 do Caxias caminha na direção da bola, salta para tentar o cabeceio e não alcança. Robinho é o outro jogador do time da Serra que também está no bolo.
Do outro lado, Kannemann e Caíque também saltam. O goleiro acaba errando o soco e apenas desvia a bola com a mão. Na sequência, ela toca nas costas de Du Queiroz e vai contra a própria meta gremista. Essa é a descrição fria do lance.
Minha opinião é de que o gol foi mal validado. O lance foi irregular a partir de uma disputa de Álvaro ou, ao menos, por uma tentativa clara de tocar na bola, o que seria suficiente para impactar nos adversários.
Há dois pontos na regra que esclarecem a interpretação de jogadas como essa, que fala que um jogador em posição de impedimento deve ser penalizado se: "Disputar a bola com o adversário; ou claramente tentar tocar em uma bola que se encontrar próxima de si quando essa ação afetar um adversário."
É lógico que a arbitragem considerou o contrário ao ver as imagens do lance. Devem ter entendido que não houve disputa e que a tentativa de jogar a bola não afetou o adversário. É aí que entra a divergência da minha interpretação. Que comece o debate!