O Gre-Nal 441, que será disputado no Beira-Rio, no próximo domingo (25), não terá VAR. Depois de muito tempo, o clássico não contará com essa tecnologia. Como assim? Vem cá que eu te explico.
Essa decisão foi tomada no congresso técnico da Federação Gaúcha de Futebol ainda antes do torneio. Na ocasião, foi estabelecido que nenhum jogo da fase classificatória do Gauchão 2024 teria o recurso eletrônico.
Nos últimos anos, os regulamentos colocavam que qualquer jogo poderia ter VAR, bastava que as equipes arcassem com esse custo — não havia qualquer tipo de limitação. Neste ano, foi batido o martelo de que não haveria exceção. Diferentemente de outras edições do Gauchão, nenhum clube tem permissão para pagar pelo uso da arbitragem de vídeo, que será implementada no torneio apenas na fase eliminatória.
O entendimento da FGF e dos clubes foi de que utilizar o VAR somente no Gre-Nal ou em algum outro jogo pontual acarretaria na falta de equilíbrio na competição.
— Os clubes decidiram no conselho técnico que não queriam VAR na primeira fase. Mencionamos que, diante dessa decisão, não haveria exceção, pois geraria desequilíbrio técnico na competição — explicou Luciano Hocsmann, presidente da FGF.
Então, embora o assunto esteja em alta visto que nesta semana ocorrem dois clássicos importantes — Ca-Ju e Gre-Nal —, a ausência do recurso eletrônico não é uma novidade para os clubes. Está no regulamento: o VAR será implementado a partir das quartas de final do Gauchão.
Para contar com a arbitragem de vídeo em toda a competição, a Federação precisaria desembolsar R$ 2 milhões — R$ 30 mil por jogo. Além disso, claro, os clubes precisam viabilizar as condições necessárias para que os estádios possam ser homologados e receber jogos com VAR. Isso implica em melhorias de gramado, iluminação, um espaço para a instalação da infraestrutura utilizada pelo árbitro de vídeo, entre outras questões.
No primeiro bloco do Sala de Redação desta segunda-feira (19), fui convidado para explicar o motivo da ausência do VAR no próximo Gre-Nal. Junto com os demais participantes, analisamos e debatemos o tema. Lá no YouTube de GZH, você pode assistir o debate completo.
Colaborou: Leonardo Bender