O pênalti marcado na vitória por 4 a 3 do Grêmio contra o América-MG chamou atenção. Falei na transmissão da Rádio Gaúcha que o lance mostrava claramente a diferença entre a experiência e a inocência. De um lado, o atacante Luiz Suárez preparou uma armadilha. De outro, o goleiro Jori caiu nela.
Foi nítido que Suárez buscou a penalidade. O atacante gremista entra na grande área e passa da linha da bola. O goleiro chega de forma estabanada e atinge o atacante na perna. A infração foi clara e bem marcada pelo árbitro paulista Matheus Delgado Candançan.
Quero destacar três fatos sobre o pênalti marcado pelo juiz de 25 anos.
O primeiro é que a penalidade foi cavada por Suárez. O atacante ocupa um espaço no campo ao colocar a perna entre a bola e o goleiro adversário. O segundo fato é que o goleiro não teve nenhuma cautela e atropelou o atacante. Era tudo o que o uruguaio queria e conseguiu.
O terceiro fato — e muito importante — é que cavar uma infração é diferente de simular uma. Na primeira, a falta é consumada. Na segunda, a falta inexiste. O que houve no lance de Suárez foi uma ação do atacante que depende de uma reação do goleiro adversário, que acabou acontecendo.
Esse foi o principal lance em termos de arbitragem na partida. Apesar do placar movimentado com muitos gols, o jovem árbitro teve uma atuação segura e que legitimou o resultado.