Ninguém discute a importância de um Gre-Nal. O clássico gaúcho representa uma competição paralela dentro do campeonato em que está inserido. É o típico jogo que vai muito além das quatro linhas. Começa muito antes e termina muito depois do apito final.
O peso de um Gre-Nal é capaz de mudar de patamar a carreira de um árbitro. Isso pode ser para o bem ou para o mal. O erro grave tem uma proporção incalculável. Por outro lado, o bom desempenho representa um selo importantíssimo para a sequência do trabalho.
Neste domingo (8), no Estádio Beira-Rio, o mineiro Paulo César Zanovelli mudou de patamar com a boa atuação no Gre-Nal.
Não foi um jogo fácil. Foi uma partida que já começou com um lance muito difícil e com uma interferência do VAR no primeiro minuto de bola rolando.
A grande preocupação que tinha quando Zanovelli foi escalado, por ser um estreante em Gre-Nais e levando em conta o retrospecto dele em alguns jogos minimamente parecidos, era com relação ao controle disciplinar.
Ainda que seja possível fazer algum reparo ou outro em decisões pontuais da equipe de arbitragem, o juiz da Fifa passou ileso no Gre-Nal. Tomou decisões técnicas acertadas e conseguiu ter bom controle das ações dentro de campo. Teve autoridade.
Sempre dizia que Zanovelli era o árbitro Fifa que ainda precisava provar em um jogo de um tamanho diferente. Provou no Gre-Nal. Mudou de patamar.