Grêmio e Fluminense fizeram uma partida movimentada e de muita exigência para a arbitragem. O pernambucano Rodrigo de Lima teve trabalho no jogo realizado na Arena, neste domingo (13), pela 19ª rodada do Brasileirão.
As grandes dificuldades do juiz de 36 anos foram no controle disciplinar. Considero que as decisões técnicas tomadas por ele foram todas acertadas, apesar de algumas polêmicas.
A grande discussão do domingo foi o pênalti reclamado pelo Fluminense nos acréscimos do segundo tempo. Rodrigo Ely disputa jogada com Nino dentro da área do Grêmio e acaba acertando a perna do adversário. O juiz estava de frente para a jogada, considerou o contato normal e mandou o jogo seguir. O VAR respeitou a interpretação do campo. Concordo com a decisão final tomada pela arbitragem. Não houve o pênalti.
Não vejo Rodrigo Ely fazendo algum gesto para atingir ou impedir Nino de disputar a jogada. Os dois estão correndo na direção da bola.
O jogador do Fluminense busca a frente da jogada, usa o braço e movimenta a perna na direção do defensor gremista. Ely está em um movimento de corrida, acaba pisando e se embolando com o adversário. Vejo o contato como algo acidental e consequência da disputa por espaço. Segue o jogo.
A partida também teve dois gols anulados por impedimento com a interferência do VAR. No primeiro, marcado pelo Fluminense, Keno estava adiantado na origem da jogada do gol marcado por Cano. O segundo, do Grêmio, foi mais ajustado. Suárez estava com o joelho esquerdo à frente do penúltimo defensor. Os dois lances foram muito difíceis e foram típicas situações que justificam a presença do VAR.
Creio que o ponto a ser melhorado por Rodrigo de Lima está no aspecto disciplinar. Ele deveria ter tido mais firmeza na condução do jogo. Houve muitos momentos em que os jogadores sentiram a fragilidade de comando e abusaram das reclamações.